“Livro do desassossego”, de Fernando Pessoa

Mia
Couto ama

Quatro cinco um

Livro do coração

O escritor moçambicano Mia Couto escolheu “Livro do desassossego”, do português Fernando Pessoa (1888-1935), como seu livro do coração.

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Pessoa nasceu e morreu em Lisboa. Foi poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, crítico literário, comentarista político, astrólogo e inventor. Sua obra literária se desdobrou em muitos heterônimos. Seu único livro de poesia publicado em vida com a assinatura de Fernando Pessoa foi “Mensagem”, de 1934.

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Publicado após a morte de Fernando Pessoa, o “Livro do desassossego” é composto de centenas de fragmentos, oscilando entre diário íntimo, prosa poética e narrativa não linear, apesar de ser a obra de Pessoa mais próxima do romance.

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Livro do coração

“Ao contrário do que diz o título, ele me sossega muito durante minhas crises existenciais.”

Mia Couto

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“O coração, se pudesse pensar, pararia.”

“Livro do desassossego”, de Fernando Pessoa

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“É um livro infinito, feito de fragmentos, muito disperso. E é um livro da intimidade de um homem que não conseguia ter intimidade com o mundo nem com as pessoas.”

Mia Couto

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“Nós nunca nos realizamos. Somos dois abismos – um poço fitando o céu.”

“Livro do desassossego”, de Fernando Pessoa

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Livro do coração

“Naquelas crises de adolescência sobre saber quem somos, o que seremos e como podemos ser muitos ao mesmo tempo, era muito forte essa coisa de que isso não era razoável. E, de repente, há ali um homem adulto, que diz de uma maneira bela, segura que somos muitos, que dentro de nós há uma multidão que disputa esse único eu.”

Mia Couto

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O livro foi escrito sob o semi-heterônimo Bernardo Soares, narrador principal da obra. Soares, um ajudante de guarda-livros, não é poeta, escreveu Pessoa.

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“Era um homem que aparentava trinta anos, magro, mais alto que baixo, curvado exageradamente quando sentado, mas menos quando de pé, vestido com um certo desleixo não inteiramente desleixado.”

Prefácio de Fernando Pessoa ao “Livro do desassossego”

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“Para mim foi terapêutico, uma cura saber que não tenho que escolher, que todos estão dentro de mim.”

Mia Couto

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Mia Couto nasceu em 1955, na Beira, em Moçambique. Biólogo e jornalista, escreveu mais de trinta livros de prosa e poesia. Entre eles, “Terra sonâmbula”, de 1992, considerado um dos melhores livros africanos do século 20, e a trilogia “As areias do imperador”, sobre a história de Moçambique.

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Livro do desassossego. Fernando Pessoa. Tinta-da-China Brasil.

Imagens:
Renato Parada e Casa Fernando Pessoa

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