“Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa

Carla Madeira ama

Livro do coração

Quatro cinco um

A escritora e jornalista mineira Carla Madeira escolheu “Grande sertão: veredas”, do também mineiro João Guimarães Rosa (1914-77), como seu livro do coração.

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João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, em 1908, e morreu no Rio de Janeiro, em 1967,  ano em que foi indicado ao Nobel de literatura. Poeta, contista, romancista, formou-se em medicina e foi diplomata.

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“Grande sertão: veredas”, único romance de Guimarães Rosa, é considerado uma das obras mais importantes da literatura brasileira.  Publicado em 1956, já foi adaptado para teatro, cinema, TV e  HQ e traduzido para muitas línguas.

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“‘Grande sertão: veredas’ é fundamental a vida inteira.”

Carla Madeira

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Fruto de uma viagem de 240 km pelo sertão mineiro, o livro é repleto de experimentos linguísticos que recriam literariamente a oralidade regional.

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“O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo.  Diverjo de todo o mundo.”

“Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa

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“Aquelas sonoridades me são arrebatadoras por serem profundamente familiares. Conheço aqueles sons antes de conhecer as palavras.”

Carla Madeira

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Além de resgatar a oralidade, a história narrada pelo ex-jagunço Riobaldo trata, ao mesmo tempo, de uma realidade local e de um sertão universal.

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“Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera.”

“Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa

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“Um dia ainda entra em desuso matar gente.”

“Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa

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Carla Madeira nasceu em 1964 em Belo Horizonte, onde mora. Escritora, jornalista e publicitária, é autora de “Tudo é rio”, lançado em 2014 pela Quixote-Do e relançado em 2021 pela Record, que também publicou, no mesmo ano, seu romance “Véspera”.

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Grande sertão: veredas. João Guimarães Rosa. (Companhia das Letras)

Imagens:
Correio da Manhã e Divulgação 

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